quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ouvindo a conversa da mesa ao lado...



Fui outro dia almoçar rapidinho numa galeria na Paulista.  Horário de rush em São Paulo é assim: se você estiver em uma mesa de dois lugares, alguém pergunta no automático se a outra cadeira está vazia, e antes e você responder a pessoa já vai se sentando ali. Também não adiantaria muita coisa sentar em outra mesa, já que a distância entre estas deve ser algo em torno de 2 centímetros, 3 no máximo. Então não ouvir o que se passa ao seu redor é algo impossível, as vezes mesmo com fone de ouvido e música alta.

Sentei num cantinho e, por falta de iPod ou de uma leitura agradável e por ter uns minutinhos extras sobrando, comi mais tranquila. E não pude deixar de ouvir a conversa da mesa ao lado, formado por 3 amigas de idades parecidas que se estrebuchavam de rir. Elas riam tanto, e tão "lá de dentro" (não me peça para explicar o que é rir lá de dentro, mas você sabe o que é isto vai...) que pensei: poxa, já que alegria contagia vou lá ouvir o que ocorre...

Elas contavam micos que já haviam cometido. A mais novinha, que descobri chamar-se Ana, disse que o namorado foi buscá-la para irem não sei onde, e ela ficou esperando. Dai a pouco ela viu que o carro já estava lá, estacionado um pouco à frente. POis bem, o carro, segundo Ana, é inconfundível! De uma cor "chumbo escuro esverdeado" que só ele tem, e só aquele carro tinha. Ela foi correndo esbaforrida para o carro porque sabia que o namorado ficava puto por esperá-la, abriu a porta e sentou. (pausa dramática). Sim, aquele carro não era do namorado dela! Ri contido!

A outra, que não descobri o nome, disse: eu vi a Luana no carro parada no semáforo. Gritei: OI LUANAAAA! Ela não me ouviu. Estranho isto... Cheguei mais perto, estufei os pulmões, fiz um gargarejo e gritei mais alto abanando com os braços tipo torcida organizada: LUANAAA! TUDO BEMMMM??? Luana continuou não respondendo. Dai a coitada, tentando usar o resto de dignidade que tinha foi até a janela do carro e bateu no vidro: LUANA, TUDO BEM AMIGA? A moça baixou o vidro... (...) (...) Sim, a moça não era a Luana! (confesso que cuspi a coca zero quando ouvi isto).

Quando achei que já tinha ouvido tudo, e já rindo com a mesa ao lado, veio a terceira e disse: "e eu que quando bati o carro fui lá ver a pessoa e falei: LEVANTA! e o cara, olhando com cara de Noiva do Chuck virou para mim e disse que não movia as pernas?" Sei que é politicamente incorreto, mas visualizei a cena na hora e não me contive. Ri alto!

Quase sugeri às meninas que lessem meu blog, principalmente este post. Quem nunca pagou um mico? Um tombo em público, um piriri fora de hora? E me diz se o melhor não é a gargalhada que isto gera depois que a vergonha passa?

2 comentários:

  1. Adoro ouvir conversas alheias, sempre dá boas histórias.
    Discretamente, claro.
    Bj.

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  2. ooopa! elegância sempre! Mas nao deu para conter o riso!

    beijos

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