quarta-feira, 12 de outubro de 2011

She-Ra x Pocahontas Loira x Pacato, tudo em A Fazenda



Hoje é a final do programa A Fazenda, não sei qual edição. Confesso gostar de reality shows, por vários aspectos: são programas que você assiste e não gasta meio segundo raciocinando, e para quem trabalha com a cachola todos os dias é bom ter este refresco; além disto, você se identifica com alguns, detesta outros, sei lá, faço uma catarse pessoal naquele período.

Uma coisa que sempre penso é no fato de dividir o ambiente com pessoas diferentes. Não consigo parar de pensar no banheiro. Porque, pasmem, tem gente que não liga para imundície (note que não escrevi sujeira), e para eles tudo bem. Por outro lado tem os loucos-da-limpeza, que não podem ficar um minutinho com algo sujo ou fora do lugar. Também dá problema. E eu sempre penso no banheiro... Too much information.

E eis que na final desta edição três mulheres sobreviveram, três perfis absolutamente distintos. Começo com Joana, que se mostrou pavio curto. Para mim pavio curto é absolutamente diferente de personalidade forte. Denota descontrole, mas isto sou eu, né? Ela tem, PARA MIM, o terrível hábito de, quando tendo pitis, falar apontando o dedo na cara da pessoa. Acho isto abominável. Desrespeitoso. E corre o risco de, um dia, alguém pegar o dedo e virar. Não eu, porque a pessoa começa a ter piti eu saio andando. Ela quer gritar, eu não sou obrigada a ouvir. Mas, claro, tem zilhões de qualidades a moça: guerreira, trabalhadora, direta e sem firulas. Eu a chamaria de She-Ra. No final, zero a zero.

Monique, uma que, entrando em programas como este, mostra uma faceta bem distinta da traçada até agora. Já teve programa para maiores, já posou nua, foi rainha de carnaval. Continua linda, mas parece sofrer de depressão. Se faz de vítima na hora do vamos ver, e não estou falando do problema no joelho que ela tem. No fundo, é mais carente do que qualquer coisa, e às vezes penso se ela não entrou no programa esperando que os deuses lhe enviassem um príncipe montado num cavalo, jegue, burro. Ela quer não ser só. Precisa só avisá-la que tem gente que se sente só mesmo no meio do Rock in Rio. Uma Pocahontas loira esperando.

Raquel é Bruna, ou vice-versa. De qualquer pré-ideia que eu pudesse ter de uma ex-prostituta, ela não se encaixaria para a vaga. Não sei se tem capacidade ou inteligência suficiente para posar por tanto tempo de coitadinha, mas até aqui o troféu Coitada do Ano é dela. Abandonada pelos pais (diz ela), se sustentou como prostituta, conheceu o amado durante os programas. Não imagino o grau de dificuldade que deve ser se prostituir, não consigo mensurar a coisa. Imaginava que só mortos de fome ou mortos de alma fizessem isto. Ela me lembra daquele povo que se finge de morto para comer o coveiro. Tipo o Gato Guerreiro, que era, na maior parte do tempo, um gato medroso, o Pacato. Ou aquele ser que usa máscara no filme Pânico. OU uma Maria-Mole. Ou tudo junto e misturado.

Quem vence? Depois que alguns ex-ganhadores venceram outros programas do gênero, não penso nisto não. Como disse, assisto para ver que não tem só eu de louca no mundo e para não precisar pensar. Geralmente, vence no Brasil quem é o mais coitadinho, o que não sei se cabe aqui. A disputa parece estar entre a She-Ra e a Pocahontas Loira. Que amanhã, quando o dia começar com alguém com R$2 milhões a mais no bolso, que este alguém não se transforme na Bruxa-Má. É, no fundo, a única coisa que desejo até o próximo programa.

PS - para os que chegaram até aqui e pensam em me mandar mensagens trolando, xingando, etc., porque entenderam que eu falei mal da "peoa" de sua preferência, já adianto: É A MINHA OPINIÃO, e ela não é a mesma que a sua! Só isto!

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