sexta-feira, 30 de setembro de 2011

RiR



Desde terça-feira passada luto com uma gripe duszinfernus. Meu nariz está em carne viva de tanto assoá-lo. Teve a fase torneira pingando, a fase torneira entupida, a fase espirros infinitos. Bom, o negócio era rezar para chegar o final de semana e aproveitar para tomar canja (#not) e ficar em casa. Por mais que eu quisesse sair a febre e a preguiça e o eterno fungar nasal me impediam de tal. Então aproveitei a ocasião e me joguei em um livro sensacional (The Help, de Kathryn Stockett) e o Rock in Rio. Falemos do segundo então.

Graças à TV a cabo pude assistir o Rock in Rio neste final de semana a partir das 16:30, non stop. Algumas horas cansou, tirei o som da coisa. Mas do meio da minha análise absolutamente regada a remédio contra gripe percebi algumas coisas. Por exemplo: o "rock" tem a ver apenas com o nome fantasia da coisa. Aliás, sequer sei o que é rock hoje em dia. Rock é atitude? É estilo musical? É camiseta preta com a língua do Mick Jagger? Não tenho idéia. Paciência.

Tenho uma certa preguiça destes festivais. Entendo a necessidade de se adaptar o modelo a diversos públicos e estilos, não sou uma cabeçuda acéfala. Só que ao ver as imagens daquele mundaréu de gente se espremendo para cantar errado hits de bandas gringas eu sinto... não sei definir...

Penso no trabalho que estas pessoas terão para chegar ao local, e principalmente para sair. Não conheço os arredores, mas mesmo que eu fosse carioca não iria num evento deste porte com meu carrinho. Falei com um amigo que foi num dos dias e ele demorou 4 horas para chegar em casa, após o show! E olha que ele tinha comprado com uns 6 meses de antecedência os tíquetes para os ônibus oficiais do evento. Taxista, se tiver, duvido que ligue o taxímetro. Ele deve olhar para sua cara e dar o preço. Bom, já tive experiências assim no Rio de Janeiro em datas comemorativas, e mais de uma vez.

Penso nos banheiros. Tenho um problema com banheiros. Dai não ajuda nada ler que a estrutura não suportou a demanda e, ó céus, a coisa começou a transbordar. O cheiro? Também tenho uma coisa com cheiros, e só de pensar já fiz careta na frente do monitor. Claro que os meninos começam a por o bigulim de fora e fazer xixi onde quiserem, mas e as moças? Se bem que me lembro neste momento uma vez onde eu, no Carnaval de Salvador (a ser explicado em outro post, onde me defenderei dos julgamentos alheios), estava atrás do trio elétrico (mas com os pés no chão) e olhei para o lado. Uma menina zêbada simplesmente abaixou e fez xixi. Sem tirar as calças, que fique claro. Ela se abaixou, segurou nas amigas dela e fez xixi, por cima do short jeans. E saiu de lá beijando, claro! Oi?

Para comprar um pedaço de pizza parece que se gastam horas numa fila. Horas para comprar o negócio, horas para pegá-lo. Nessas perdi a fome, e olha que sou gorda. Dai comecei a ver no twitter fotos de gente absolutamente em coma alcoólico dormindo em cima do que parece ser sacos de lixo, meio que vomitado (espero que seja vômito dele), crianças perdidas dos pais (declaro achar errado levar crianças num evento destes! Sim, acho errado. Ponto), gente que estava lá só para usar sua camiseta EU VOU, e na saída comprar a camisa EU FUI, não sabendo sequer quem eram os que se esgoelariam no dia.

Já recebi emails de gente vendendo as camisas. Aposto que terão os espertinhos que comprarão os souvenirs e usarão todos sorridentes na rua. Posando de cool! EU FUI! Ahan...

Eu fui e vou de novo neste final de semana: assistir do meu sofá às bandas que me interessam cujas músicas eu sei. Com minha roupa velha de ficar em casa e fazendo hidratação no cabelo. Sem espreme-espreme e podendo usar meu banheiro tranquilamente, limpinho, quando eu quiser.

Admiro (não invejo) quem tem ânimo e energia para estes eventos. Parabéns! Eu, tô fora. E se isto é o que me caracteriza como velha, me dê uma bengalinha de Natal.

PS - post escrito semana passada e atualizado. Acabei o The Help, que recomendo MUITO! Livro falando sobre a segregação racial no Mississipi na década de 60. Agora lendo Histórias Íntimas, da Mary del Priore, que fala da condição da mulher desde que o Brasil era governado pelos índios.

Bom final de semana gente! Qualquer coisa estarei no meu sofá, vendo o RiR, ok? Beijos.

 

2 comentários:

  1. Ia pra Salvador todo ano que eu sei (teu passado te condena)....hahahah! "Cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho..."

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  2. na verdade, fui alguns carnavais! um que eu fui a música que ganhou a música do carnaval foi Bate Lata ou algo do gênero da banda beijo! hahahahhaahahahah

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