Fundo do Poço

Li ontem um texto que me tocou muito, por vários motivos. Seria bom você lê-lo antes de continuar, mas como eu tenho medo que você não volte peço que continue aqui e só leia "o outro blog" ao final, ok? Tenho ciúmes dos meus leitores!

Achei-o de uma coragem absurda. E muito honesto, conosco e com a própria autora. Ela se expôs e desabafou. E mostrou o básico: muitas vezes ficamos perdidos. Não sabemos para onde ir, o que fazer. Temos uma sensação de, sei lá, impotência diante de tudo o que está fora das paredes do nosso cantinho.

Autora do texto, não sei se você jamais chegará a ler este post, mas queria te dizer o seguinte: em níveis que variam (e o seu parece ser bem forte), esta sensação é meio que parte do que nos torna humanos. O problema é quando ela toma uma proporção meio exagerada. Como controlá-la? Infelizmente eu não sei a fórmula, mas sei que não é vergonha pedir ajuda. Não é vergonha se sentir excluída, esquecida, desvalorizada. Um montinho de nada, porque nem para ser montinho de merda a gente acha que presta às vezes. Nada disto é vergonhoso. Ou errado.

Procure ajuda profissional. Na hora do vamos ver, cada um tem seu próprio jeito de reagir às coisas. Descubra o seu. Tome remédios, faça terapia, ande descalça na grama, sorria para estranhos na rua, não sei, mas faça o necessário para sair de onde você está. Porque descobri uma coisa nesta vida: existem três tipos de pessoa. Umas que, quando no fundo do poço, se acomodam de tal modo e acham que aquilo é o que resta. Tem os que chegam lá e continuam cavando, para este poço ser o mais fundo possível. E tem os que AMAM um fundo de poço, porque sabem que chegando lá, apenas a subida é o que importa. Sair de lá é o lema. Descubra qual destas é você e não se envergonhe. Busque o que te falta, jogue fora o que te sobra. E saiba que, no fundo, torço para que você seja como eu e comece a subir do fundo do poço, de qualquer jeito...