sobre as sacolinhas plásticas

Então foi determinado que a partir do dia 25 de janeiro último os supermercados do estado de São Paulo não mais ofereceriam sacolas plásticas aos clientes. Lembro-me direitinho de, no dia anterior, no intervalo da novela das oito, a associação de não sei quem (sei que tinha a ver com advogado, juiz, estas coisas) dizer que não haveria proibição na distribuição. Jogaram a peteca para os supermercados. Estes seriam então os responsáveis pela falta da sacolinha.

Ok, entendo. O saquinho de lixo demora muito tempo para se decompor, precisamos salvar o planeta, a camada de ozônio está pifando, bla bla bla. Entendo. Sou solidária. Mas sei também que o preço dos saquinhos estava embutido em vários produtos. Estes produtos, a meu ver, não ficaram mais baratos. E sim, os supermercados estão vendendo as sacolas retornáveis. E os rolos de sacos de lixo, que agora nós temos que comprar.

Sim, a ogra aqui também faz sua parte para ajudar o planeta. Faço pouco? É quase nada o que faço, mas faço. Então, me desculpe se não sou a evoluída-mor de todos quando digo que ACHO RUIM NÃO TER MAIS OS SAQUINHOS. E que agora NÓS TEMOS QUE COMPRAR OS SAQUINHOS SE QUISERMOS USÁ-LOS! Ou, como vi uma pessoa bem evoluída na internet explicando e ensinando, podemos usar jornais velhos para, ao invés de fazer uma dobradura no formato de chapéu de marinheiro, fazer uma "sacolinha" para por o lixo.

Não farei origamis. Não comprarei sacolas retornáveis a cada vez em que for no supermercado. Penso em fazer um bottom de protesto, algo como "pela volta das sacolinhas"... Mas, como sempre, ou nos adaptamos ou morremos... Então pegarei minha mochila e irei ao supermercado hoje, quando parar de chover...

Ah, e antes que você diga que quer usar os sacos de papel usados nos EUA, sugiro que você vá ver como funciona o sistema de coleta de lixo por lá. Totalmente diferente! E saiba que não acho que usar coisas que funcionam em outros países funcionam aqui de cabo a rabo. Nops, elas precisam ser adaptadas à nossa realidade. Que, convenhamos, é bem "diferente" da de lá, por maior que seja a crise que haja...