confissões, devaneios, mimimis e alguns surtos psicóticos... afinal, ninguém é de ferro!
sábado, 28 de janeiro de 2012
Urubus humanos
Até que demorou muito... Hoje o @estadao e a @folha noticiaram na capa que os bens das vítimas das quedas dos prédios no Rio estavam sendo "desviados". Em português curto e grosso, roubados! Sim, por que para mim pegar algo que não é meu, que pertence a outra pessoa, é roubo. Pode usar o sinônimo que for para soar menos agressivo. Continuo com o curto e grosso: R-O-U-B-O!
Eu assisti a um programa no final do ano passado sobre a vida do Renato Aragão. Pois bem, não sabia que ele sobreviveu a um desastre aéreo. A questão é que me lembro que no programa as primeiras pessoas que chegaram ao local do acidente eram saqueadores. Ninguém ali estava preocupado em ajudar, em ver se havia sobreviventes. Não, eles estavam lá para pegar o que desse. Até banco do avião lembro que levaram. Do resto do programa pouco me lembro, mas esta cena não me saiu da memória...
Fico meio assim com tudo o que leio, seja revista, jornal ou internet. Busco várias fontes. Mas não dá para passar incólume ao ler que doações às vítimas de Santa Catarina há uns anos atrás e no estado do Rio de Janeiro em 2011 estavam sendo desviadas. Um homem que fora designado para ajudar levou para casa um par de tênis. E um sutiã para a namorada. Dá um google para você ver...
Quem pega pouco importa, se são os trabalhadores que buscam sobreviventes ou um transeunte que passava ali naquele momento e viu uma bolsa, uma caneta, um grampo que seja, jogado. Não consigo compreender e nem perco meu tempo com isso, mas o problema é que eu não consigo digerir coisas assim. Meu estômago embrulha, e a única pergunta que me vem à cabeça é "para onde estamos indo?" Por que quando a gente tenta ser otimista e vibrar positivo, sei não, mas os prognósticos não parecem positivos... Urubu, até onde eu sabia, rondava carniça ou restos... Alguns viraram urubus no meio de nós, e eles não vem com um post-it na testa ou letra escarlate no peito...
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Verdade, infelizmente!
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