sexta-feira, 2 de março de 2012

Amor (do) passado ou Post Mimizento


Eva tinha duas filhas pequenas quando se casou com Jonas, que tinha um casal de filhos também. Todos foram morar juntos, e sem perceber Ana, a caçula de Eva, encontrou seu primeiro amor em Rodrigo, filho caçula de Jonas. Tiveram um único dia de celebração deste amor, dia em que Ana engravidou de uma linda menina chamada Júlia. Pausa.

Passa o tempo. Júlia tem alguns meses de vida, Ana e Rodrigo não suportaram as pressões externas e não mais estavam juntos. Em um dia normal, como outro qualquer, Ana sofre um acidente e entra em coma por cinco longos anos. Pausa 2.

Este é um resuminho da novela das 18, que acaba hoje. Entre tantas idas e vindas, será decidido se Ana ficará com Rodrigo (que durante o coma de Ana se apaixonou por sua irmã, Manu, e com ela criou Júlia) ou com Lúcio, o médico que dela cuidou durante o período do coma. E tem até torcida organizada aqui fora pro #teamLucio e o #teamRodrigo. Pausa 3, e era aqui que eu queria chegar...

Muita gente (a maioria, pelo que parece) palpita dizendo que Ana deveria ficar com Rodrigo, "seu primeiro amor", "o pai de sua filha", "a paixão da adolescência". Alguns dizem que ela deve ficar com Lúcio, o médico viúvo gato horrores, diga-se de passagem.

Por que esta coisa de viver o amor do passado? Amor da adolescência? De ter que ficar com fulano por que ele é o pai da filha? Por que não podemos seguir adiante, ver se encontramos um doutor Lúcio em nosso caminho ou, sei lá, até coisa melhor? Por que temos isto de olhar para o passado e querer transformá-lo em presente? Por medo do desconhecido e pela segurança de saber como foi? Foi, entende, pretérito perfeito. Por que relutamos tanto em dar uma chance ao novo e ao desconhecido?

O meu amor é futuro do presente. Ele virá, estará, acontecerá. É o que espero. O que foi, para mim, se esgotou e não tem volta. Já disse que tento TUDO até onde dá. SE não deu, paciência, o jeito é recolher os caquinhos e comprar uma agenda nova, mesmo que tenham sobrado páginas em branco preenchidas de vento.

Gostaria que mais pessoas pensassem como eu e vivessem o hoje, talvez um pouquinho do amanhã. Não o passado. Infelizmente este é imutável, e foi feito, à época, o melhor possível. Amor de adolescência? Ficou lá na adolescência. Pai da filha? Foi, é e será, mas isto não é argumento para se ficar com alguém. Ele sozinho não se basta, então diga que ele é isto e também quem você ama. Meu primeiro amor? Que bom se ele for também o último da fila. Se não, bora procurar o segundo...

E que eu consiga, sempre, dar ao passado a importância devida, nem mais nem menos, e que eu sempre esteja aberta para o novo, mesmo que desconhecido. E que eu viva o hoje, olhando de soslaio para o amanhã, e que os Lúcios da vida me encontrem e sejam persistentes, por que em épocas em que ninguém é de ninguém, saiba que sou old school, baby... Mas te garanto que valho a pena. E, se não ficou claro, sou e sempre fui #teamLucio. Por que amor do passado não combina com vida do presente. Pelo menos para mim...




2 comentários:

  1. Eu estava lembrando desse texto aqui http://migre.me/88Kz0

    Amém pra você e amém pra mim tbm!
    Beijos Lindona!

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  2. Eu na verdade não torcia por nenhum dos dois, eu acho. Mas gostei do final das coisas se acertarem. Eles perceberem que eram essenciais uns aos outros, casados ou não e que a Manu teve sim um papel importante e que ela sofreu com a irmã e não quis apenas roubar um lugar que era da Ana, porque não era de fato.

    Apesar de não consegui acompanhar a novela toda, e se eu tivesse boa base teórica faria um artigo semiótico sobre essa novela porque enxerguei algumas coisas legais lá.

    Mas pena que acabou... uma coisa que eu gostei foi o discurso sobre o tempo que teve no final.

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