confissões, devaneios, mimimis e alguns surtos psicóticos... afinal, ninguém é de ferro!
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
AJUDA VIRTUAL
Senta que o papo hoje é sério. E tentarei resumi-lo da melhor maneira possível, mantendo o essencial (baseando-se no que EU considero assim, né?). A questão é a seguinte: já disse em vários posts que não sou curiosa. Sabe quando a pessoa diz "vou te contar uma coisa" "ah, mudei de ideia"? Pois bem, por mim tudo bem! Não sei, acho que, depois de um período onde a verdade caiu na minha cabeça como uma pedra que eu percebi que não adianta se desgastar para correr atrás de algumas coisas. A Verdade entre elas. Mas voltando: apesar de não ser curiosa, as pessoas se sentem confortáveis para se abrir comigo. Não sei se transmito confiança, ou se era a pessoa-que-estava-ali-naquele-momento, ou se porque não fico comentando aos quatro ventos sobre o que me falam. Na verdade, algumas vezes eu desligo no meio do desabafo alheio (sei que é feio, mas é verdade). Enfim, em um período curto de tempo várias pessoas que não se conhecem abriram seus corações/alma para mim, com estórias distintas; em comum o buraco no peito e aquela dor que só quem já passou por aquilo sabe. Tranquilo até ai. Só que algumas destas pessoas me perguntam "o que eu faço?". Ai o bicho pega.
Quem me conhece sabe: eu não opino na vida alheia. Motivo? Já opinaram na minha, e não gostei. E sim, sou cafona a ponto de não fazer ao outro o que não quero que façam comigo. Dito isto, fico naquela sinuca de bico de tentar ajudar uma pessoa em frangalhos na sua frente (e que talvez a Fanfarrona-mor tenha colocado ali para me testar, vai saber?). O que falar/fazer? Como? Jesus-Maria-José, e agora?
Em cada hora faço/falo/silencio da melhor forma possível. Nem sei se sou muito eu que estou ali naquele momento, mas enfim... EU TENTO AJUDAR. Só que agora, após ler um email dolorido que só vendo de uma querida, na hora me vieram frases sábias que ouvi da minha terapeuta Tiarinha quando estava lá no fundo do poço, arrebentada, sem água nem comida, tentando desesperadamente sair daquele lugar. Naquela época (que hoje parece coisa de filme), lembro que só queria parar de sentir aquela dor. Queria respirar sem doer o peito. Queria que o tempo passasse mais rápido, já que o remédio para tudo o que eu sofria naquela hora não vendia em farmácia. E nunca mais me esqueci de frases que ela me disse.
Então venho aqui e deixo estas frases que me foram faladas num momento de dor abissal (quem tem isso, sabe do que estou falando, independente do motivo que te levaram a ela). E que sempre me ajudam (sempre não, mas me ajudam). Espero que ajude a quem estiver no fundo do poço. Ou apenas precisando de uma luz no fim do túnel...
"Esta situação em que você está hoje, esta pessoa/trabalho/condição/..., é isso que você quer para sua vida?"
"Você descobriu tal coisa. A verdadeira pergunta é: o que você fará com esta informação?"
"Lembre-se que não escolher nada também é uma escolha."
E uma frase que a Elenita Rodrigues (@elenitadf) me ensinou no livro dela: "NÃO CULTIVE RITUAIS DE SOFRIMENTO".
Sei que parece pouco, mas estas frases já me ajudaram. Muito. E tem várias outras, mas estou correndo aqui e, de novo, não sou gabaritada para dar a ajuda que me pedem. Procurem especialistas. Façam o necessário dentro das possibilidades de cada um para seguir em frente. Leiam frases de auto-ajuda. Se inscrevam em um curso, frequentem algum grupo de suporte. Descubram o que lhe ajuda. Olha, quem sabe da minha estoria sabe do que estou falando, mas se eu consegui manter a sanidade no meio do caos, qualquer um consegue. Dor não se compara; cada um sente a sua. Sou solidária aos que sofrem na alma como eu já sofri um dia. E desejo, até por egoísmo já que acredito que tudo volta em dobro, que vocês se reergam. Que o tempo corra a favor de vocês. Que o abismo seja no futuro um degrau. E, no fundo, perdão por não poder ajudar o tanto que vocês esperavam. Acho que, na verdade, este post é só para isto: para pedir desculpas por não corresponder às expectativas. Como digo, mal dou conta de mim. E desculpem se passei a impressão equivocada...
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