NO CONSULADO

Ouvindo Pitty, aqui...

É hoje que perco os dois leitores que passam por aqui de vez em quando (e sim, sei que um destes dois aí parou aqui porque o Google indicou e ele ficou curioso). Ok, fui hoje a manhã toda e metade da tarde em um consulado em São Paulo. Para quem nunca foi, digo: é um local onde eles ditam as regras e você cumpre. Não gostou, não vá lá e nexxxt. E compartilho com vocês algumas coisas que eu vi. E se você quiser me chamar de chata ao final do post, aceito. Mas acho que vai ter um que concordará comigo.

Tá, chegando lá, documentação, põe a bolsa aqui, passa ali, pum pá pluft. Primeiro recado de uns 15 (sério) que eu vi: DESLIGUE O CELULAR! Então nós desligamos o celular. Nós = eu, no caso, né? Porque vários ali com o celular ligado. Tinha uns que acho que eram os mais woodfaces ainda, já que ficavam embaixo do cartaz e, ainda assim, estavam lá com o celular ligado.

Tudo bem, fazemos nossa parte para não falar que brasileiro é um povim de terceira categoria, passamos ao próximo passo lá dentro: fomos para outro andar, onde deveríamos esperar que seríamos chamados pela senha dada. Aquilo virou um furdunço. E ai, vem um funcionário e diz: favor ficar aqui apenas os números 32, 33, 34 e 35. Repetiu TRÊS vezes. E de novo pediu que celulares e aparelhos eletrônicos fossem desligados (disse isso apontando para o cartaz onde dizia exatamente isto em vários idiomas).

Pois bem, eu era a senha 35 e ficaria lá em cima. IÊI! Tudo bem? Acreditem se quiserem, mas só quatro pessoas, das quase 30 que estavam lá em cima, se moveram. Alguns começaram a olhar para cima parecendo que receberiam uma entidade do além, outros começaram a olhar para as cutículas, outros começaram a fazer desenhos no chão com os pés. Quase NINGUÉM se moveu. 

Durante esse período, vi jovens e adultos sentados nas poucas cadeiras que tinham, enquanto idosos ficavam em pé. Me lembrem de escrever um post sobre algo que DETESTO: CRIANÇAS OCUPANDO ASSENTOS! Crianças, digo aqui, destas de hoje em dia que é tudo índigo e já sabem mais do que eu aprendi nas minhas décadas de vida. Sim, crianças ocupavam assentos. Mas perdi o foco.

O que eu queria dizer é o seguinte: por que vários tem esta mania de se fazer de João sem Braço em relação às regras? Eu não fumo, mas assim: se o cartaz de NÃO FUMAR é respeitado, porque o de DESLIGUE O CELULAR não é? Deixe os fumantes fumarem então, ué... Se falam que de A a B tem que fazer tal coisa, porque C, D, E, ..., também o fazem ou, pior, ficam lá se fazendo de planta? POR QUE NÃO SEGUEM AS REGRAS? 

Ok que tem o povinho que diz que as regras foram feitas para serem quebradas. ÓTIMO, então quando for a SUA vez em algo, dê seu lugar. Deixe que quebrem as regras quando for a sua hora, e não a dos outros. Porque eu sigo as regras, minha irmã também (obrigada mãe que me ensinou e eu, jênea, aprendi). Por que as pessoas furam filas? Por que se fazer de zumbi? Por que desrespeitar o que é colocado?

Eu não entendo. Isto é sinal de poder? De inteligência? Esperteza? Pois eu acho isto o fim! E sei lá se estas pessoas pulariam da ponte se houvesse um sinal dizendo NÃO PULE DA PONTE! Adoro este jeitinho que vários tem de se achar melhor ou no direito de burlar regras. Adoro! Muito!

Só que não.

PS - ah sim, aproveitando o post: MULHERES, TIREM VÁRIAS COISAS INÚTEIS DAS SUAS BOLSAS! Tirem maquiagem, perfume, papeis, três óculos de sol (vi isso hoje)... MAS LEVEM CANETAS! Porque eu não gosto de emprestar canetas. NÃO GOSTO! Então se empresto e faço cara de coo, é porque eu NÃO GOSTO! Por que empresto então? Porque a vida dá voltas filha, e é capaz de um dia uma das várias canetas que levo na bolsa não pegue. Mas antes de sair de casa sempre vou ao banheiro fazer xixi e sempre pego uma garrafinha de água. E SEMPRE tenho canetas na bolsa. E não, depois que você pega minha caneta emprestada, ESPIRRA NA MÃO, vem me devolver e eu digo que pode ficar, não é por uma boa ação ou tentativa de ir pro céu. É que eu tenho nojo do espirro alheio, e nem em tudo podemos usar gelzinho de mão. Obrigada!