confissões, devaneios, mimimis e alguns surtos psicóticos... afinal, ninguém é de ferro!
quarta-feira, 12 de março de 2014
escolhas alheias ou no limbo ou tava na minha cara e eu nunca vi
Uma amiga terminou com o namorado há um ano. Só que nunca deixou de atender os telefonemas, ou de responder às mensagens. Estava no limbo, sabe? Nem voltava nem cortava os vínculos. E eu lá, sempre ao lado, pronta para ouvir as lamúrias e celebrar as vitórias, sempre a postos para ouvir e falar.
Então ela conheceu outras pessoas, até dava uma esquecida, mas parecia que o demonho do ex sentia no ar quando a coisa piorava para o lado dele e voilá, do nada ele surgia, chamando para sair, comer algo, vamos nos falar que estou com saudades.
Minha amiga ia. Sempre foi.
Até que, após um ano, comemoramos o fato de ela não responder de supetão às mensagens enviadas por ele, ou de atender na primeira vez que ele ligava. Sim, motivo de comemoração. Como nos contentamos com pouco, né? (ou para os pollyannos "sim, isto foi uma vitoria, mais um passinho foi dado").
Dai, do nada, caiu a MINHA ficha.
Quando eu falava VOLTA, a resposta era não, não sei, sei lá. E se eu perguntava POR QUE NÃO? a resposta era... SEI LÁ. Quando eu falava PELAMORDIDEUS PARA DE ATENDER, NÃO RESPONDE, CHUTA ESSA MACUMBA DA SUA VIDA, a resposta era "não, não sou assim, tenho meu jeito"... Dai quando eu falava: O QUE ESSA PESSOA AGREGA À SUA VIDA ou então PRA QUE ISSO? PRA QUE RESPONDER? a resposta era... silêncio e sorrisos amarelos e nervosos.
Demorou um ano, mas EU vi. Vi que minha amiga já escolheu, há muito tempo, ao não escolher. Ela já sabe o que quer. Que seja uma esperança de deixá-lo próximo, esperando ele mudar (HAHAHAHAH A OUTRA PESSOA MUDAR HAHAHAHAAH MORRI), que seja a desculpa que for, já que sempre as temos na manga da camisa quando precisamos justificar o errado, ela jamais quis cortar vínculos. E tenho para mim que só não voltou ainda por vergonha de todos, mas isto é achismo meu...
Estranho como demoramos às vezes para encarar o óbvio. E mais estranho ainda perceber o óbvio sempre ao seu lado e que, no fundo, nunca quisemos aceitá-lo ou aceitar as escolhas alheias. Ela pode dar a desculpa que for, mas ela o quer próximo. Ela quer um vínculo com o ex. E eu jamais enxerguei (?) isto. Ela NUNCA quis limá-lo da sua vida.
Dai você pensa: erro dela isso. ERRADO! Por mais que não faça sentido para os outros (veja bem, OS OUTROS), para ela o ex próximo a deixa feliz. Porque óbvio que se estivesse ruim/péssimo/infeliz ela já o teria chutado longe. Concluo então que o ex (e sua proximidade torta) faz bem a ela. E POR ISTO ELA ESTÁ CERTA EM CONTINUAR SEM DIZER TCHAU! E por isto eu (e os outros) estamos errados ao tentar sustentar algo que, para nós, terceiros indiretos, não mudará o preço do dólar. O erro foi meu em não enxergar que, no fundo, a escolha já foi feita há muito tempo...
No fundo, esta estória toda me é útil para eu aprender que muitas vezes tentamos buscar soluções mirabolantes para coisas que estão ali na nossa frente. E que, mesmo sem ter a intenção, forçamos a barra em situações para tentar obter do outro a resposta que nós achamos melhor para ele. Como nos damos uma importância que não temos... Palpitamos na vida do outro, achando que sabemos o que é o melhor para ele. Ridículo isso...
E eu descobri que tenho sido ridícula mais do que deveria... Então por isto, em relação a este assunto, após uma conversa franca, disse com todas as letras que sempre estarei a postos, mas desta estória não quero mais saber. Porque ela tem todo o direito de escolher o que faz bem a ela, mas eu também tenho o direito de não ter que conviver com coisas que me desgastam e fazem mal. Ela quer cozinhar o cara? Que o faça. Mas me deixe quieta no meu canto e não me ligue mais para falar o que rolou. Eu simplesmente não quero saber...
Porque tem filme que é melhor não saber o final, para manter nossa sanidade mental em dia...
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