Plataforma de Petróleo

“Os outros eu conheci por acaso. Você eu encontrei porque era preciso.” (Guimarães Rosa)

Sábado fui na casa de uma amiga e ficamos lá jogando conversa fora. Pois bem, ela me contou como a irmã dela conheceu o marido. E, mais uma vez, acreditei na máxima: não adianta forçar situações que não existem. Não, a máxima é outra: quando tem que ser, é! E não adianta sair de casa todos os dias, se cadastrar em sites online (o que acho perigosíssimo, já que o rato tinha perfil em TODOS os sites existentes), ir em blind dates e afins. Se não for para ser, não será. E se for para ser, você irá com bobes no cabelo até a esquina, e a pessoa certa estará lá naquela hora e, o principal, te olhará e te achará linda, não uma louca que fugiu do hospício.

Voltando. A irmã da amiga se formou em engenharia e o único lugar em que conseguiu emprego foi em uma firma que trabalhava com petróleo. Isto no início dos anos 90. Ela trabalhava lá, toda feliz e contente (inventei esta parte), até que teve que ir para a França fazer um estágio em uma plataforma petrolífera. Estas que vemos na TV, um tronço no meio do mar onde sempre tem uma chaminé saindo fogo, sabe? Então lá foi ela fazer este estágio nesta plataforma por 15 dias, onde o uniforme era obrigatório 24 horas, e eram aqueles macacões laranjas neon em que o boneco da Michelin parece ter servido de molde. Capacete e óculos de proteção também absolutamente necessários e indispensáveis. E lá, no meio desta plataforma, com esta roupa horrorosa (lembre-se do capacete e do óculos também, visualize a cena comigo), um outro cara que também trabalhava lá nesta época a notou (dããã) e... casou com ela.

Ela nunca mais pisou num negócio daquele. Só aquela vez. Naqueles termos. E junto esta estória a outras que já coloquei aqui neste post. Então pare de se desesperar e correr atrás daquilo (ou daquele) que você quer. Faça o que te cabe, mas não force situações. Porque se for para ser, amigos, será. E se não for para ser, bom, depois a gente vê o que faz com esta info...