sobre o Medo e usando posts alheios

Ouvindo Eddie Vedder...

"Quando teias se juntam, elas podem amarrar um leão." (provérbio africano)

Texto do Flávio Gikovate hoje, fevereiro de 2013, no twitter e Facebook. Até parece que ele estava pensando em mim quando escreveu...

"Fortalecer a razão é fundamental para quem quer se modificar: ela terá que ser mais forte que as emoções; elas resistirão a qualquer mudança.

A emoção que mais freqüentemente se opõe às mudanças é o medo. Sempre que ousamos algo novo, podemos fracassar: o medo de sofrer nos trava!

Quando tentamos aprender a dizer "não" pode acontecer que o interlocutor se revolte e tente nos agredir de alguma forma: e isso provoca medo.

Ao buscarmos uma forma de agir coerente com nossas convicções, mas que é diferente do padrão cultural, podemos ser rejeitados: sentimos medo.

Quando conseguimos agir em defesa do nosso interesse, por vezes entristecemos quem esperava uma ação diferente: o medo aí é de ser injusto.

A razão, devidamente fortalecida, não se curva aos medos indevidos, que deverão ser enfrentados um a um, mas de forma progressiva e gradual.

A cada vitória obtida sobre alguma emoção (o medo, por exemplo), nos fortalecemos e nos preparamos ainda melhor para o "combate" seguinte."

Ai leio este texto ai em cima apos ter lido ontem um post do blog Oi divã, um dos meus amores do momento. Olha o que a Isadora escreveu (e também acho que pensava em mim no momento):

"Sou assim: começo tudo antes da maioria, no maior pique, depois arrefeço, durmo no ponto e, quando acordo, a corrida já acabou e outros chegaram antes de mim. Outros que começaram a correr depois, ou, vá saber, talvez eles já viessem correndo de longe, lá de trás, devagar, mas mantiveram o pique."

A verdade é que eu sou assim como a Isadora. Começo tudo como se fosse correr uma corrida de 100 metros rasos e ao meu lado estaria o Usain Bolt. Me doo inteira, traço planos e metas. Só que canso pelo caminho, chegando ao final (quando chego) esgotada. Invento desculpas para sair pela esquerda (lembra do desenho do Leão da Montanha?), me finjo de planta. E, lendo estes dois posts, descobri que a Isadora conseguiu me definir. Ela definiu meu modus operandi pela vida. E o muso do Flávio, em seu texto de hoje, (acho que) me respondeu o porquê de eu ser/estar assim. Eu saio correndo porque eu tenho medo. 

E sabe o que EU descobri hoje? Que eu não tenho medo de não chegar ao final... Meu medo maior é conseguir o que eu quero e chegar lá, em primeiro lugar. É esse meu medo. 

Como parecia que os deuses conspiravam para eu descobrir algo sobre mim, agradeço aos meios encontrados (thanks Isa e Flávio). E agora fica a pergunta: o que eu farei com esta informação?

Sei não, mas gostei muito de me conhecer hoje. Karina, prazer. E me aguardem, porque uma outra coisinha sobre mim: quero chutar esse medo pra longe. E quando eu decido por algo, a não ser que me provem errada, dificilmente mudo de ideia. Mas algo me diz que estou absolutamente certa sobre esta decisão agora...