domingo, 18 de março de 2012

Implorando Carinho


Na festa que aconteceu nesta madrugada, Monique (emparedada) surtou! Não fez absolutamente nada distinto do que já fez em outras festas: chorou por que a roupa estava apertada (quem nunca?), tomou todas e mais algumas (quem nunca de novo?), quando bêbada pegou o celular e ligou para seu paquera. Mentira, lá não tem celular, mas ela começou a reclamar de carência, de que se sentia a primeira bolacha de qualquer pacote encontrado no lixo da rodoviária, de que tinha baixa auto-estima, de que Jonas, o Mister que ela beija, só dá atenção para ela quando convém a ele.

Sua principal reclamação: sempre era ela que tinha que ir para cima dele! Que ELA corria atrás! E que ELE não dava carinho! Que ELE não demonstra sentimento, a trata como "qualquer travesseiro com o qual você dorme" (<== a ser interpretado como quiser). Repetia chorando-bêbada-com-a-maquiagem-borrada: ELE NÃO ME DÁ CARINHO!

Que mulher nunca implorou carinho? Homem nunca vi, mas creio que tenha sim... Mas já viu né, estas coisas de que homem não chora são ensinados aos pobrezinhos desde sempre! E como a oferta de mulher está alta, eles trocam rapidinho. Me pergunto se este trocar não é só da boca para fora, e que do coração para dentro o nome da outra ainda bate forte... Perdi o foco! VOLTA!

Na verdade, a questão é: que mulher nunca implorou carinho, sabe que é ela que tem que fazer tudo, se incomoda muito com isso, e... continua fazendo? Por carência, solidão, medo, o que quer que seja? Ela sabe que ele não a vê como prioridade; ela só tem olhos para ele. Ele pensa nele e segue a vida com suas prioridades, e ela deve ser sua prioridade número 1.473. Ela sabe de tudo isto, e continua fazendo tudo igual... POR QUE NOS FAZEMOS ISTO?

Quero crer que um dia não mais faremos isto. Que vejamos que esta balança tem dois pesos e duas medidas, e o lado desfavorável caiu no nosso colo. Que o legal é ter e ser o mesmo nível de prioridade para o que está conosco. Que tudo o que você faz você recebe em troca, um pouquinho a menos se necessário, mas só às vezes viu... Que nos completemos e lutemos juntos, não apenas um lutando. Sozinho. Por que eu já estive em batalhas sozinhas, o problema era que eu nem percebia que além de lutar por dois eu carregava um peso morto que só me atrapalhava... A vida tirou este peso morto de mim, graças a Deus!

Que um dia não nos sintamos como cachorro caído de mudança, e que não precisemos pedir o básico: o respeito e amor que merecemos. Por que viver em uma situação que pende para um lado da equação nunca dá certo... Por que por maior que seja nossa falta de amor próprio, ser capacho também cansa, e até ele precisa ser lavado às vezes...

PS - aos dois gatos pingados que aqui vem, declaro: não torço para Monique levar a bolada.

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