confissões, devaneios, mimimis e alguns surtos psicóticos... afinal, ninguém é de ferro!
quinta-feira, 12 de julho de 2012
vergonha alheia de mim
Uma colega disse que não aguentava mais receber notícia ruim. Perguntei o que era, mais tentando jogar conversa fora do que qualquer outra coisa, já que não sou curiosa. Alguns dias depois, nem me lembrava mais disto, recebo a resposta: uma amiga querida dela tinha sido diagnosticada com câncer. Agressivo. Aos 20 e poucos anos. E o que era para ser uma consulta de rotina se tornou algo com a médica dizendo para ela já procurar outros especialistas e pensar em armazenar seus óvulos já que o tratamento poderia deixá-la estéril. Tudo-de-uma-tacada-só. Ela que, ao que parece, tinha ido apenas naquela consulta que vamos porque temos que ir sabe? Eu sei.
Fiquei sem palavras. Desejei (e continuo desejando) de todo o meu coração e espírito que ela se restabeleça. Que procure os profissionais gabaritados, faça o que tem que fazer. Tenho uma sensação de que tudo vai dar certo, e não digito isto da boca para fora... E, naquele momento, a pulguinha que habita atrás da minha orelha se pôs a trabalhar novamente. Você está vivendo sua vidinha, reclamando dos nãos recebidos pela fanfarrona, lutando, seguindo, nem pensa direito no que tem que fazer e só quer ver a novela no fim do dia. Dai, do nada, sua vida vira literalmente de cabeça para baixo. Não tenho a pretensão de me por no lugar da pessoa; não, não sei o que ela está passando. Mas fico com vergonha alheia de mim. Por mim... Minhas bochechas ficam vermelhas e meus olhos marejados. O que estou fazendo da minha vida? Alguém me entende?
Amiga da minha colega, você jamais lerá isto, até porque você tem coisas urgentes para tratar agora, mas saiba que você estará nas minhas orações, e vibro para que você se restabeleça o quanto antes. Que este pesadelo passe rápido, e que você descubra força em lugares que nem sabe existir. Eu ficarei aqui pensando em como sou uma idiota. Peço perdão aos deuses pelas minhas cretinices. E vou ali apagar a luz, porque precisam acontecer algumas coisas para eu ver o óbvio e escancarado nas nossas caras vermelhas de vergonha: como sou ridícula pai... E fico procurando pelo em ovo...
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