Trilha sonora do post está aqui...
Tenho acompanhado o julgamento do Mensalão. Sério. Não sou advogada e posso até comer bronha em vários termos usados, mas digamos que entendo o mínimo sobre o assunto tratado. Não darei minha opinião sobre o que penso disso - sim, tenho uma opinião formada, após leitura constante de várias fontes diversas e independentes sobre o assunto, até porque perderia os parcos leitores que possuo. Mas a coisa é assim: um relator pede pela condenação. Os juízes decidirão se sim ou se não. O mais engraçado é que tem gente falando que a coisa toda sequer existiu. Não é algo "a cor do pote é azul" e o povo do contra fala "não é azul, é azul marinho". Não não, o povo do contra fala "QUE POTE AZUL? NÃO HÁ POTE ALGUM!" Tomo isso como premissa para a seguinte conclusão: cada um enxerga e fala e entende como quer. Simples assim. Já pensou nisto?
Tomo o caso de uma amiga querida que tem um (ex)namorado ________ (não colocarei o adjetivo mais adequado). O cara é um pulha. Tá no fundo do poço e quer porque quer arrastar minha amiga para lá. NINGUÉM QUE SABE DA ESTÓRIA CONCORDA COM ISTO, mas não adianta. Enquanto ELA não enxergar a coisa como ela verdadeiramente é, ela estará atrelada a este relacionamento unipessoal. A torcida pelos que gostam dela deveria ser então para que este dia chegue logo. Porque ela simplesmente não vê. E, claro, encontra subterfúgios para respaldar suas escolhas.
Não adianta você falar para sua amiga o óbvio ululante, por mais que entre vocês tenha havido um trato de sangue para estas ocasiões. Se ela quiser embarcar em algo que não dará certo, não adianta você alertá-la, mesmo que todo o bom senso do mundo o diga para fazê-lo. É dar com os burros n'água. Tem que deixar ela seguir este acidente de percurso e esperá-la lá no finzinho, com esparadrapos e mertiolate a postos. Fazer o que né?
O mesmo vale para nós mesmos. Não é que há dois pesos e duas medidas; há infinitos pesos e medidas. Cada um tem o seu. O que para um é claro e cristalino para o outro sequer existe. Acho que por isto o senso comum é tão elástico. Os valores também. O que não facilita em nada
Dai eu penso: adianta você se desgastar em brigas e argumentações com algo que a outra pessoa sequer viu? Adianta você tentar mostrar para a outra pessoa que ela está errada, considerando o senso comum e não apenas sua opinião pessoal? O mundo sabe que aquilo não vai dar certo, você inclusive, mas adianta alertar o outro que já comprou o paraquedas para se jogar lá de cima?
Não, não adianta.
Por isto que eu sou apenas responsável pelo que eu falo e faço, não pelo que os outros entendem. E por isto evito discussões inúteis, já que o ponto de vista de cada um sempre será o mais correto e bonito que o dos outros. E, se não está bom para os outros, está ótimo para mim. E assim a gente segue...
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