No domingo, dia 15/junho, os japoneses perderam seu jogo. Saíram depredando tudo e todos, como vários times fazem? Não. Ao final do jogo os torcedores ajudaram a recolher o lixo que geraram. Sim, eles levaram sacolas e recolheram seus lixos. Assim:
Ou assim:
Fiquei com vergonha.
Porque nós, brasileiros, não recolhemos sequer nossos lixos quando vamos à praia, ao parque, andando na rua. O que eu já vi de gente jogando coisa pela janela aqui em São Paulo, olha, inenarrável. Ou a pessoa vai jogar na lixeira, erra o alvo e segue andando, como se nada tivesse ocorrido.
Lembro de um post antigo que eu fiz onde uma senhora japonesa, bem idosa, estava na fila para pegar comida e água racionada após o acidente de Fukushima. Perguntaram para ela porque ela não tentava furar fila. Ela respondeu que todos ali estavam esperando pela mesma coisa, e ela, caso tentasse furar fila, envergonharia sua família.
Envergonharia sua família.
Sim, sei que a realidade aqui é absolutamente diferente da japonesa, além de sermos bebês perto de sua cultura de milênios. Mas creio que os bons exemplos devem ser copiados, ou senão adaptados a outros lugares para que gerem bons frutos.
Ah, lembrei agora também, acho que foi o Zico que falou (chutei total a fonte, mas que eu li eu li) a respeito da cultura japonesa logo que ele chegou lá para ser jogador: na hora de formar a barreira, os jogadores não andavam, ou davam migué tentando dar passinhos para dificultar a vida do outro time. Ele foi perguntar o porquê disto. Resposta? Ué, mas a regra diz que devemos ficar parados.
A regra.
Há pouco tempo (umas semaninhas) li um artigo que não printei, mas era uma análise a respeito do comportamento de jogadores em campo de futebol e como isto fazia referência à sua cultura. Assim, jogadores falavam quando não tinha sido falta e o juiz tinha dado, algo como um jogador de tênis falar que a bola foi dentro mesmo quando os juízes tinham dado bola fora. Países do
Fica a reflexão. Que não envergonhemos nossas famílias. Que respeitemos as regras. Que recolhamos nossos lixos mesmo após um placar desfavorável...
A passos de formiguinha, se Deus quiser (ou Alá, Adonai, Shiva, quem for, todos são bem-vindos), um dia chegamos lá.
Assim espero...
A Cultural e o que nos tornamos com ela! Entendo teu post e compartilho os mesmos sentimentos.
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