quarta-feira, 9 de novembro de 2011

autossabotagem - parte dois


Ok, este post começou ontem, mas resolvi dividi-lo em partes. Quantas? Não tenho idéia, mas temo ser várias.

Pois bem, uma das maiores autossabotagens que existe é, na minha opinião, valorizar mais a opinião alheia do que a sua própria. Já reparou como o mundo tem sempre a resposta para os seus problemas? "Se eu fosse você, eu faria assim. Se eu fosse você, faria assado". Então, a coisa já começa errada pela simples premissa que A PESSOA NÃO É VOCÊ! Pronto! Ela pode tentar ajudar, ou ser do grupo que fica metendo o bedelho onde não é chamada, mas no fundo, por mais boa intenção que o outro tenha, a verdade é uma única: no final do dia, é você que estará na sua pele. É você e suas lágrimas com seu travesseiro. Ponto e basta.

Por algum motivo que não sei direito qual é, algumas pessoas valorizam sobremaneira a opinião dos outros e até se esquecem de viver por isto. Tudo o que fazem ou deixam de fazer é pensando na aprovação alheia. Lógico que todos sempre terão opinião sobre tudo, agora, o peso e importância que você dá a isto só cabe a você delimitar. Pense: te faz bem viver a vida em prol dos olhos dos outros? Se você fica feliz pintando o cabelo de roxo e andando feito saci pela rua, e daí se te chamam de louca?

Lembro de um episódio de Friends onde a Phoebe foi correr no parque com a Rachel, e a Rachel ficou morrendo de vergonha do jeito todo louca do bairro que a Pheebs corria. Mas era bem louco mesmo sabe? Engraçadíssimo. Daí a Rachel pergunta para ela se ela não tinha vergonha de correr assim já que todos ficavam olhando. Ela diz que não, que nunca viu ou verá de novo aquelas pessoas, e que aquele era o único jeito que ela conhecia que era divertido! Ela escolhia a diversão a se moldar aos padrões e julgamentos dos que iriam reprová-la. Gente que ela nunca viu, e talvez nunca viesse a conhecer na vida.

Minha irmã diz que estou quase imbatível deste negócio, mas está chegando num nível que tenho que me controlar. Simplesmente escolhi não me importar. Tem coisas e gente (família e amigos) que não pergunto simplesmente porque não quero saber. O que fulano pensa de mim? Não me interessa. Os que me interessam a opinião sabem quem são e eu peço quando preciso. Vê a diferença?

Tem gente que vem me ensinar a viver e eu hoje, literalmente, saio andando. Porque isto pode fazer bem para ela, mas não ficarei mal às custas do bem do outro. Sinto muito! É o modo certo de viver a vida? Não sei. Só sei que quando a gente aprende a tirar o peso do julgamento alheio das nossas costas, te juro que o mundo fica mais colorido e menos denso. Porque já vivi os dois lados da moeda, e te garanto que estou muito melhor como estou agora...

6 comentários:

  1. Lindo texto, Karina! Vesti a carapuça!

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  2. Karina, embora eu só tome de coca-cola geladíssima, estou adorando degustar essa "quente" rsrs... Sobre o post, tudo de bom essa decisão de simplesmente ser e pronto, realmente é estressante se moldar às projeções alheias.

    Abraço.

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  3. Concordo em gênero, número e grau. Muitas pessoas criticam pelo simples fato de ser do contra, de falar mal, como se admirar o alheio fosse uma maneira de conformismo. E no mais, alguém paga as suas contas?

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  4. Rita, se eu te falar que umas trocentas pessoas (minto, umas duas) me falaram que tamb~em vestiram a carapuca... ah sim, eu total ne!

    beijos

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  5. Elaine amiga, olha, a tal da maturidade tá me dando um botão de "phoda-se" que tô adorando... e gente que vem me ensinar a viver, olha, tô com tolerância zero!

    beijos e adorei saber que pelo menos esta coca-cola você aceita quente! =)

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  6. Dani, você disse tudo: e alguém paga minhas contas? afffff

    beijos e que bom saber que não sou a única que pensa como eu escrevi aqui...

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