quinta-feira, 31 de maio de 2012

a ira nossa de cada dia...


Hoje descobri que tem  mais gente no mundo cujo pecado capital é a ira. Confesso ter ficado feliz por não ser tão peixe fora d´água assim. Não. Fiquei feliz por perceber que não sou a única que às vezes fica de saco cheio de gente bracinho ou folgada. E fiquei surpresa por receber e-mails pedindo dicas de como não estapear aquela anta na sua frente motivadora da sua ira. Quase como um manual de como manter a elegância. Já aviso que mal dou conta de mim, mas divido minhas pérolas com os colegas, e espero que ajude.

Detesto gente âncora. Gente que só critica, põe defeito, aponta erros. Gente que se vende como a última bolacha do mundo, que é espaçosa ou se finge de morto. A lista é grande, mas digo que eles são vários, infiltrados e espalhados entre nós. E, infelizmente, vira e mexe temos que conviver com estes seres. Não é optativo, é mandatório. Então durante um tempo da sua vida, você é obrigada a aturar esse serzinho que quer te ensinar a viver ou pior, critica seu modo de vida. Paciência, faz parte. A questão é: como manter a elegância e não ir parar nas páginas policias por estapear essa coisa?

Meu manual é simples. Se ajudar, siga-o:

1- limite-se à sabedoria do ex-peão Dinei: "bom dia, boa tarde e boa noite". Só! Não encompride o papo. Lembre-se que sua mãe te deu educação, então é bom usá-la às vezes.

2- caso você esteja lidando com os seres que não fazem nada, é simples: FAÇA VOCÊ! Para se ver livre da pessoa. Melhor do que o outro fazer tudo errado e você ter que refazer a mesma coisa. FAÇA POR VOCÊ, pela sua sanidade mental. Ao outro, te juro: a vida cuida dele...

3- se você tem que conviver com um reclamão profissional, aprenda a dormir de olhos abertos. Domino este assunto. A pessoa começa a reclamar de tudo o que os outros fizeram, tudo tem defeito e está errado. Honestamente? Antes dela pausar para respirar eu já dormi de olho aberto. É bom, revigora. Sério.

4- você será obrigada a dividir o mesmo ar com seu inimigo mortal. Vixi, difícil. Eu sou prática: estou incomodada, me mudo. Caso isto não seja uma opção, pense no seguinte: quanto antes tudo terminar, antes você se livra deste encosto encarnado. Sua tarefa então é clara: FAÇA O QUE FOR NECESSÁRIO PARA TERMINAR O QUE DEVE SER TERMINADO! Novamente, é sua sanidade mental (e seu fígado, neste caso) que está em jogo. FAÇA O QUE TEM QUE SER FEITO! O quanto antes. Deus às vezes é um fanfarrão e te joga nestas enrascadas. Não prolongue seu sofrimento, trabalhe primorosamente para se ver livre da situação. É o que eu faria.

5- você descobre que terá que trabalhar/conviver com aquele povo que não faz nada mas na hora da apresentação vende tudo como se tivesse descoberto a cura da Aids. Não, como se ELE tivesse descoberto a cura da Aids. Você se matou, ele quer levar os louros. Honestamente? Deixe ele ser pavão. É a única coisa que ele sabe ou tem. Lembre-se: sua meta é não esganá-lo. E, se você gastar energia com coisas erradas, você pode perder a elegância. Erro. Fique na sua, mentalize uma luz branca e o Gandalf ao seu lado. Dumbledore também. Ás vezes é necessário apelar para os magos...

No fundo, tudo gira em torno do seguinte: por um tempo de vida, você terá que vencer esta vontade de agredir fisicamente o outro. Falar tuuudo o que pensa deste impiastro que compartilhará sua vida. Sua batalha é como conter sua ira. Não há manual. Só tenha em mente o seguinte: enfie seu orgulho no saco, rasteje, se humilhe, faça o que tem que ser feito (seu trabalho e o do outro), engula o sapo que for, mas se livre desta situação logo. Dê a esse ser a importância devida: quase nenhuma. Concentre-se em você, em terminar o que precisa. Pense em liberdade. Pense em não ter mais que olhar essa pessoa. Resignar pode significar várias coisas, ser cristã também. Para mim, é engolir a seco muita coisa que não queria. Tudo em prol da minha sanidade mental e elegância. E que a vida,esta eterna fanfarrona, perceba minha luta e me recompense, levando esta pessoa para bem, bem longe de mim... E ambos viverão felizes para sempre, ou ao menos livres da presença um do outro...

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