Não, mas também não posso renegar o que me constroi. Não sou a soma das minhas escolhas, sou a soma dos meus ocorridos e remediados. Pouco poético, mas excruciantemente verdadeiro.
Penso se não me agarro a esperanças. E se elas forem só fumaça? Tô fudida. Penso se não me agarro a nada e deixo as coisas seguirem. Conformismo? Resignação? Diria que cansaço...
Não estou depressiva, não sou depressiva. Só fico às vezes pensando no que eu poderia fazer diferente. Ter feito diferente não resolve meus problemas, o negócio é daqui pra frente. O que eu posso fazer diferente? Para ter resultados diferentes? E a resposta é... silêncio.
Tenho olhado ao meu redor e vejo pessoas em vidinhas medíocres (relacionamento, trabalho, casa, comida, tudo) que não sabem se querem continuar ai ou se saem. No fundo acho que são covardes. Se sabe que está uma merda e continua, que nome se dá a isso? Sabedoria? Não as julgo, só agradeço se não vierem reclamar de seus dissabores comigo. Tenho visto também pessoas absolutamente X, com tudo o que há embutido nesta letra. Elas X. De vida e de alma. Tudo X. Que bom, espero que sejam felizes!
Se estou infeliz? Estou descontente, e sim, são coisas distintas. Por me sentir estagnada. Por ter a sensação de que não saio do lugar, e não por falta de vontade ou tentativa. Simplesmente, a vida me obriga a ficar onde estou. Então penso: continuar? Parar?
Quero sair do lugar, quero mudança, quero novidade, quero frescores e ventos novos. Me sinto em um labirinto. Quero tudo e luto por isto. Só que recebo nãos assobiados na minha cara. Não tente me incentivar, por favor não. Isto me irrita. Respeite meus pensares e sentimentos, só isto. Eu não respeito os seus? Então...
Enquanto isto não ocorre, fico pensando no que posso fazer. Vida, sua linda. Que tal colaborar? Agradeço imensamente...
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