sexta-feira, 4 de maio de 2012

quando a vida escolhe


Ontem eu e um grupo falávamos sobre amenidades. Não sei como a conversa foi pra esse rumo, mas começamos a falar sobre faculdades, cursos, viagens... enfim, a pergunta era: você gostou do curso que escolheu? A maioria não tinha opinião formada sobre o assunto, sabe? "Ah, quando fui ver já estava no último ano, fiz porque minha mãe queria, não sabia o que fazer e fiz qualquer curso..." várias respostas... Ai a Tati virou e disse que tinha feito duas faculdades, e uma nada a ver como a outra (não me lembro direito, mas era algo como Artes Plásticas e a Direito, algo assim), e que após uma certa fase da vida ela parou de vincular qualquer coisa que fosse aos cursos. Ela tinha ficado mais pragmática...

(NOTA DA AUTORA = Errei a faculdade. E o plano de fazer pós tinha um propósito, que também não vingou.) Acho legal pessoas que ainda sonham com a felicidade no trabalho, curso, etc. "AMO MEU TRABALHO, MEU CURSO", sei lá, para mim é algo absolutamente vago. Já disse várias vezes que eu tinha planos, o A, B e o C. TODOS deram errado, e acabei me virando como dava. Fazendo o melhor que podia... Descobri ali ser adaptável e ter jogo de cintura.  E tudo isso nem foi quando bati na casa dos 30 não, foi antes... Vi que não iria ter jeito não a coisa, então eu tinha duas opções: ou ficava sofrendo eternamente por não ter conseguido o que queria ou engolia a seco, aceitava (resignação não é isso? engolir a seco?) e seguia adiante. Como dava.

Não sei o que é pior: estar em dúvida se acertou ou não ou já ter vivido o suficiente para ter acionado os planos de emergência. Não sei, mas pessoas já escaldadas pela vida tem um certo enfado em relação às novidades... A gente fica meio comedido, para de arriscar. Saber o que se quer da vida é tão difícil... Às vezes penso se não vivemos apenas tentando acertar, mas completamente indefesos frente o que ocorre. A vida escolhe sempre. Ganha sempre. Será que o melhor não seria então ligar o piloto automático? Não se preocupar com nada já que tudo já está escrito, como nos ensina o filme Quem quer ser um milionário? Fazer o que gosta da vida?

Será?

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