Meu Ano Novo

Neste ano farei diferente. Não reclamarei das minhas metas auto-impostas e não alcançadas. Não reclamarei que não consegui. Não esbravejarei contra os deuses pelos meus chutes na trave, cabeçadas e burradas. Ao invés do padrão anual, apenas agradecerei por tudo o que tenho, cicatrizes e dores inclusas. Minha família, filho peludo. Porque descobri que sou muito afortunada. E qualquer coisa que não um agradecimento sincero e do fundo da alma seria injusto.

Se ainda me sobrar espaço para pedir algo, peço então apenas que tudo o que for ruim seja afastado do meu caminho. E se tiver que vir, que venha. Não tenho medo porque sei estar amparada. E hoje, agora, escrevendo, me percebo... em paz. E indo de encontro aos que indubitavelmente me amam.

E que o novo venha. Estou de braços abertos, e se necessário, pronta para a guerra. Que assim seja.

Amém.