Ouvindo isto aqui...
Não sei sambar. Posso fazer anos de curso e continuarei com o gingado de uma cadeira. De ferro. Gosto de praia, pelo tempo que o pacote turístico comprado tem validade. Depois deste tempo, azedo. Não sei andar de chinelo, não gosto da sensação milanesa. Transpiro demais, e o calor de cidades de praia não colaboram com isto. Gosto de dias frios com céu azul e ventinho gelado. Sou europeia por isto? Não. Entende a sutileza da coisa que não estou conseguindo transcrever em palavras.
Conheço mais artistas e bandas estrangeiras do que nacionais. Sempre gostei. Ao mesmo tempo, gosto de novelas, comida mineira e me emociono quando atletas humildes de esportes humildes (tenho esta escala na minha cabeça) ganham alguma coisa em eventos como os Jogos Olímpicos. Não gosto de axé, funk, estas coisas. Mas também já fui atrás do trio elétrico, graças a Deus na época certa da vida.
Ver Marisa Monte, Renato Sorriso, Seu Jorge, o prefeito do Rio, o Pelé (que claro daria um jeito de aparecer, e sempre que penso nele me vem à cabeça as palavras "Sandra Regina") me mostrou que sim, o Brasil fará uma festa estonteante quando tiver que fazer. Ainda sou do voto vencido que o dinheiro usado para este evento fosse usado em qualquer outra coisa mais urgente por aqui, já que temos várias né? Mas tudo bem.
Para quem acha que estou errada, a Pitty, baiana, também não é fã número um do axé. Os irmãos Cavalera sairam de Minas para fazer o barulho que fazem. O primeiro bailarino do London Ballet é do... Amazonas. Eles também não se definiram pelo que seria o clichê natural e padrão. E não me comparo a eles, apenas penso se o que nos define aqui no Brasil não é uma versão atualizada do pão e circo... Medo, muito medo da resposta...
Nenhum comentário:
Postar um comentário