quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A hora certa de ir ao supermercado...


Eu "ganhei emprestado" (espero que seja para devolver né? e existe isto? ganhar emprestado? enfim...) o livro com o seguinte título: "Como se casar depois dos 35". Ok, ruminemos juntos com calma sobre tudo: o título, a intenção por trás dele, as entrelinhas, etc.

No momento em que recebi o presente de grego eu dei muita risada, mas agora penso se foi zoeira (o que espero que tenha sido o caso) ou se eu passo este desespero todo! Repito: espero que seja a primeira alternativa.


Bom, não li ainda o livro, até porque o peguei emprestado semana passada e no momento leio 3 da Cláudia Tajes, entre outros (chorei rindo o "Vida Sexual da Mulher Feia". O pessoal do vôo deve achar que eu tinha fumado algo! LEIAM!).  Só que hoje me reencontrei com a pessoa-que-me-emprestou-o-livro e havia outras em volta. Em tom mezzo-brincando-mezzo-não-brincando (não sei, senti isto no ar) surgiu o assunto do empréstimo e a pessoa-que-me-emprestou-o-livro (vou chamá-la Ju para facilitar, ta?) disse que o tal se tratava de um plano de marketing feito pela Universidade Harvard. Eu sei o que é Plano de Marketing e sim, já ouvi falar em Harvard. A conversa continuou:

"O livro fala os horários em que você deve ir no supermercado para encontrar alguém, o que fazer em determinadas situações, como agir, etc..." Ok, ajudem a tia aqui e me digam se estou exagerando. Sigam-me:

Eu dependo de mim para tudo! Carrego minhas compras, pago minhas contas, calculo tudo, abro mão de A para ter B, enfim, sou como qualquer pessoa normal da minha idade. Tem as coisas que gosto de fazer, tem as que faço sem gostar, tem as que não faço de jeito algum. Tenho família, claro, mas quando a janela fechou no meu dedo no dia da tempestade e eu com o osso exposto EU que tive que decidir se iria ao hospital e, quando decidi ir, fui dirigindo. Entende?

Voltemos ao papo: então descobri que sou muito independente para os homem. Que eu deveria ir em determinados horários no supermercado (achei tão bizarro isto que continuo repetindo este mantra) e pedir ajuda para carregar as compras. Que eu deveria posar de Sandy (antes da fase Devassa).

Só que também disseram que para tudo o que me era colocado eu tinha resposta. Assim: "o que você gosta de fazer?" Respondi que gosto de ler e ver filmes. Daí me disseram "vai na livraria blablabla". Disse que comprava com desconto pela net e que gostava de LER, não de comprar o livro. Disseram para ir no cinema em tal horário. Disse que detesto fila no estacionamento, no cinema, pós-cinema, e que preferia assistir DVD em casa. Ai disseram que eu nao estava aberta a nada. Digo que estou aberta, não a tudo, por que se for merda prefiro me esvair desta.

"Ah, mas você fica pondo empecilho, não está interessada." Interesse é via de mão dupla, e a distância entre mim e a outra pessoa é a mesma distância de lá para cá. E se outros estivessem interessados eles chegariam até mim. "Mas se você não sair de casa e se expor você não conhecerá outras pessoas." Eu não me exponho por que não sou mercadoria em supermercado nem filme em locadora. E se depender de eu ter que ir no supermercado em tal horário, abastecer o carro em tal posto com tal roupa, fazer caras e bocas em certos lugares, ter que sair de casa para me expor, decreto aqui e agora: não casarei após os 35, nem após os 40 e nem nunca. E tem mais: eu não quero casar, não quero ter razão, não quero nada. Só quero ser feliz!

E sabe por que eu não faço nada? Por que eu sempre faço tudo e, convenhamos, poderia ter sido beeem melhor! Então estou deixando para o acaso decidir o que é (o) melhor para mim. E é isto o que tem para hoje!

Um comentário:

  1. Adorei! Apoiada! E se nada der certo, a gente já pode começar a fazer a poupança para os Cruzeiros e Cassinos! Beijos!

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