Ouvindo a música das Olimpíadas... aqui.
Estava ontem em meu canto quieta quando minha mãe me chamou para torcer. Achei que fosse futebol, mas cheguei na sala e vi um jogo de vôlei sentado onde o Brasil tentava se classificar na Paralimpíada. (Leu direito a frase anterior? Vôlei SENTADO). Sentei no sofá e só sai do meu transe quando minha mãe disse: "filha, fecha a boca". Estava com os olhos marejados. De vergonha. Alheia. De mim.
Meu pai, sempre sábio, disse que cada um dos atletas paralímpicos são exemplos de superação de limites. Nós nos limitamos, já reparou? Nós colocamos entraves em nossos caminhos. Eles, após um revertério da Vida, a fanfarrona, decidiram tirar estas limitações autoimpostas e estenderam a linha que separa os homens das crianças. Fazem coisas que (penso eu) não se achavam capazes. Sabe aquela frase "não sabia que era impossível, então foi lá e fez?"
Pensei nisto antes de dormir. Em todas as vezes em que me boicoto. Em que penso ser impossível coisas que quero e luto para conseguir. Faço minha parte, mas no fundo fico martelando um NÃO silencioso lá dentro da minha cabeça. Treino e me preparo, mas na hora eu pego uns cavaletes e coloco todos no meu caminho. Burrice? Estupidez? Ou medo? Sim, medo de conseguir. De mudar. De sair do meu já confortável e estabelecido mundinho?
Acho que um pouco de cada. Sim, temos exemplos de superação sorrindo na nossa cara e a gente (eu) sofrendo por uns tombinhos que a fanfarrona escancara. Talvez tenham sido presentes: oportunidades de eu parar e olhar ao redor para perceber o que ocorria 'a minha volta. E eu levantando rapidinho para seguir meu caminho, sem querer perder tempo... Aiai...
Que fique o exemplo. Que fiquem as lições. Que aprendamos com aqueles que não aceitam as linhas de THE END marcadas no chão e vão lá e reescrevem as suas. Que a inspiração fique. E que eu pegue todos os cavaletes que tenho guardados no bolso e queime. Porque pior do que aceitar tudo de cabeça baixa é marcar gol contra. Especialmente quando jogamos em casa...
a mudança que vem com o novo traz tb medo, não é vero? ah... a "fanfarrona" e os seus inevitáveis riscos... ah, o risco do comodismo para "fugir" dos riscos....
ResponderExcluirsegue email sobre os riscos. =)
beijodoce.
iza